Seminário no dia 15/10 às 10h
Nesta quarta-feira, dia 15/10, às 10h, teremos o seminário de Bárbara Luiza de Miranda Marques (LNA) intitulado: "Radiogaláxias compactas: laboratórios da interação entre jatos e o meio interestelar".
O seminário ocorrerá no Auditório "Carlos Drummond de Andrade", Biblioteca Central, UFES.
Palestrante: Bárbara Luiza de Miranda Marques (LNA)
Resumo:
As fontes de espectro de pico de gigahertz (GPS) e espectro íngreme compacto (CSS) são galáxias de rádio compactas (RGs), com jatos que se estendem até 20 kpc e idades <103 anos. Elas são consideradas como evoluindo para RGs de Fanaroff–Riley, mas o cenário real para explicar as fontes compactas permanece sem solução. Os jatos compactos jovens tornam o GPS/CSS ideal para estudar o feedback na região nuclear de núcleos galácticos ativos porque os jatos estão apenas começando a deixar essa região. Simulações numéricas e estimativas de potência do jato sugerem que fontes compactas podem gerar fluxos em escalas várias vezes maiores do que a própria fonte de rádio, mas a falta de dados adequados limita as comparações entre teoria e observação. Realizamos um estudo espectroscópico óptico de 82 CSS/GPS com dados do Sloan Digital Sky Survey-DR12 para investigar a influência de jatos compactos no gás. Encontramos componentes de gás em fluxo nas linhas de emissão [O III] λ5007 em metade de nossa amostra. A energia cinética do gás ejetado em fontes compactas é comparável à observada em RGs estendidas, indicando que os jatos compactos podem gerar fluxos poderosos semelhantes aos de RGs de FR. A anticorrelação observada entre a potência cinética do fluxo e a radioluminosidade sugere uma interação entre o jato jovem e o meio interestelar (ISM). Essa descoberta fornece suporte observacional significativo para simulações anteriores de interações jato-ISM e corrobora o cenário evolutivo para RGs. No entanto, a falta de fontes com alta eficiência cinética indica que algumas galáxias compactas podem ser fontes frustradas.
